8 MILHÕES DE DEPENDENTES QUÍMICOS NO
BRASIL EM 2013

 

Veja também:

14 OPÇÕES DE CLÍNICAS DE REABILITAÇÃO DROGAS SP – CLÍNICAS DE RECUPERAÇÃO EM SP

Ao menos 28 milhões de pessoas no Brasil têm algum familiar que é
dependente químico, de acordo com o Levantamento Nacional de
Famílias dos Dependentes Químicos (Lenad Família), feito pela
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O levantamento foi

feito por 2 das mais importantes instituições de estudo do estado
É a maior pesquisa mundial sobre dependentes químicos, de acordo
com Ronaldo Laranjeira, um dos coordenadores do estudo.
Entre 2012 e 2013, foram divulgados dados sobre consumo de
maconha , cocaína e seus derivados , além da ingestão de bebidas
alcoólicas por brasileiros.

A partir desses resultados

Os pesquisadores estimam que 5,7% dos brasileiros sejam
dependentes de drogas, índice que representa mais de 8 milhões de
pessoas,um número extremamente significativo para o tamanho da
população do país.

Desta vez, o estudo tentou mapear quem são os usuários que estão
em reabilitação e qual o perfil de suas famílias. A pesquisa também
quis saber como elas são impactadas ao ter um ou mais integrantes
usuários de drogas, visto que a primeira instituição a sentir os efeitos
da drogadicção , ou dos dependentes químicos é a família.A
reabilitação se refere a pesquisar quantos estão sendo cuidados em
clínicas de reabilitação de dependência química em São Paulo e
em todo o Brasil.

Para cada dependente químico existem outras quatro pessoas
afetadas;, disse Laranjeira, isso deixa claro a importância da família
socorrer o viciado, e procurar uma clínica de reabilitação de
dependentes químicos.

A análise foi feita entre junho de 2012 e julho de 2013 com 3.142
famílias de dependentes químicos em tratamento. Foi feito um
questionamento com 115 perguntas para famílias que participaram
desse levantamento.

O estudo foi feito em comunidades
terapêuticas, clínicas de reabilitação, grupos de mútua ajuda, como
Al-Alanon e a Pastoral da Sobriedade, 2 instituições importantes no
que se refere ao tratamento da dependência química.

As famílias foram ouvidas em 23 capitais de todas as regiões do
Brasil. Segundo a organização, até então não existia no país
nenhum estudo de âmbito nacional focado nelas.O estudo tentou
ser o máximo abrangente , e pesquisar de maneira profunda e séria
uma matéria de importância muito relevante nps estudos dos vícios.
De acordo com o estudo a maioria dos pacientes em tratamento
para dependência química eram homens, com idade entre 12 e 82
anos.

Desses, 26% tinham ensino superior incompleto ou completo.
A média de idade dos usuários de drogas é de 31,8 anos.A
precocidade na utilização de drogas em geral foi um fator muito
importante na observação das características dos consumidores dos
produtos lícitos e ilícitos.

A maioria dos pacientes em tratamento (73%) era poliusuária, ou
seja, consumia mais de uma droga. Em 68% dos casos, quem
passava por reabilitação era consumidor de maconha, combinada
com outras substâncias como a cocaína e o álcool.

 

O tempo médio

de uso das substâncias foi de 13 anos, mas a família percebe
apenas 8,8 anos de uso, em média. Daí vemos a importância em
detectar o uso precocemente, o que facilita o encaminhamento à
clínicas de dependentes químico antes que o mal se torne maior e
diminuam os riscos de morte ,que são frequentes , e da cronificação
precoce da doença.

A partir da descoberta da família, o tempo médio para a busca de
ajuda após o conhecimento do consumo de álcool e/ou drogas foi de
três anos, sendo dois anos para usuários de cocaína e/ou crack e
7,3 anos entre os dependentes de álcool Os familiares relataram ter
o conhecimento do consumo de drogas pelo paciente por um tempo
médio de 9 anos.

Como percebemos por tais informações, a
detecção do problema e a atitude de cuidados terapêuticos e uma
internação do dependente químico é por demais demorada , oque
aumenta os riscos de mais transtornos físicos , emocionais e sociais
do paciente , daí a importância das informações às famílias e ajuda
através de terapêuticas em clínicas especializadas no tratamento
dos vícios e da dependência química em geral.

Mais de um terço (44%) relatou ter descoberto o uso devido a
mudanças no comportamento do paciente. Sobre o assunto é
interessante orientar familiares sobre ações e sintomas de um
dependente químico. Para melhorar a informação às famílias
daremos algumas dicas de mudanças de comportamento do
usuário;

Onipotência: o indivíduo acredita estar sempre no controle ,
acredita que usa e para quando quer

Megalomania: tendência exagerada a crer na possibilidade de
realizar um intento visualizando sempre o resultado, se precipita
em decisões vendo o fim sem pensar nos meios , que tudo se faz
pela realização de seus desejos, principalmente pela obtenção e
uso de substâncias psicoativas;

Obsessão: atitudes insanas pelo desejo de consumir drogas ,
implica em manipular pessoas, exigir dinheiro da família,
posteriormente furtar objetos e dinheiro

Compulsão: atitudes desconexas, incoerentes com a realidade
provocadas pelo desejo intenso e necessidade de continuar a
consumir a substância , gera agitação , intolerância, agressividade
e atitudes várias na mudança do comportamento

Ansiedade: necessidade constante da realização dos desejos
,significa uma intensa agitação , pressa nas coisas , em
manifestações críticas às pessoas que o rodeiam

Apatia: Falta de empenho para a realização de objetivos e metas ,
faltar ao trabalho , desligar dos compromissos de estudar , querer
dormir mais que o normal, faltar ou abandonar estudos e
compromissos sociais ;

Autossuficiência: mecanismo de defesa usado para afastar da
consciência os sentimentos de inadequação social gerando uma
falsa sensação de domínio , quer demonstrar ser capaz de resolver
tudo sozinho , arrogância ,passar por cima de opiniões tornando as
suas mais importantes sempre. Egocentrismo prevalece , é o dono
do poder e está acima de tudo e todos ,sabe mais que qualquer um
e sua opinião está acima de tudo e todos. Temperamento
narcisista extremo, é o melhor no que faz , desrespeita sem
ponderar.

Autopiedade: um tipo específico de manipulação que o dependente
usa para conseguir realizar algum propósito , se coloca como
prejudicado diante de situações familiares e sociais , é o coitado
nas situações, tornando outros os vilões que não gostam dele.

Comportamentos antissociais: repertório comportamental gerado
pela instabilidade emocional que o indivíduo desenvolve sem
estabelecer vínculos tendo sua imagem marginalizada pelo meio
social ; interfere principalmente no trabalho e nos estudos, bem
como afastamento do convívio familiar e social. Isolamento ,
crítica aos que o rodeiam ,seletividade nos relacionamentos são

bem evidentes. Viver trancado se isolando dos demais é muito
comum , se nega à comunicação com demais familiares, muda
horários de sono, de alimentação, evitando sempre a convivência
pacífica.

Paranoia: desconfiança e suspeita exagerada de pessoas ou
objetos, de maneira que qualquer manifestação comportamental
de outras pessoas é tida como intencional ou malévola. Mania de
perseguição, criação de inimigos invisíveis , ouve vozes e os
comentários são sempre dirigidos a ele.

Qualquer comentário

funciona como irritante ou ameaçador. Cria barreiras de
convivência inclusive com amigos , as instituições saõ contra
eles, o chefe , o professor , o colega de escola se tornam inimigos.
O Lenad apontou que 58% dos casos de internação foram pagos
pelo próprio familiar e o impacto do tratamento afetou 45,4% dos
entrevistados.

Em 9% dos casos houve cobertura de algum tipo de
convênio. O uso de hospitais públicos, por meio do Sistema Único
de Saúde (SUS), foi citado por 6,5% das famílias de usuários em
reabilitação.Fica muito claro que o estado é o menos procurado
nestes casos por não fornecer uma estrutura suficiente para os
tratamentos da dependência química,

Ainda segundo o estudo, 61,6% das famílias possuem outros
familiares usuários de drogas. Desse total, 57,6% têm dependentes
dentro do núcleo familiar.O fato se dá por vezes pela cumplicidade
entre os familiares no uso, isso se percebe mais claro no uso das
bebidas alcoólicas. No entanto, os entrevistados desconsideram
esse fator como de alto risco para uso de substâncias do paciente.O
fato serve como alerta à demora de cuidaos em clínicas
especializadas em tratamento de dependentes químicos. Deste
total, 46,8% acreditam que as más companhias influenciaram seu
familiar ao uso de drogas.

o que se trata de auto mecanismo de
defesa das famílias em relação ao vício. Já 26,1% culpam a baixa
autoestima como responsável pela procura por drogas lícitas e
ilícitas.

Cocaína, maconha e álcool
A Unifesp já divulgou outras três pesquisas relacionadas ao
consumo de drogas no Brasil, uma relacionada ao consumo de
cocaína e derivados, outra sobre maconha, e outra que analisou a
ingestão de bebidas alcoólicas.

Em agosto de 2012, o Lenad divulgou que cerca de 1 milhão e meio
de pessoas consomem maconha diariamente no país.
Em setembro de 2012, pesquisadores da universidade constataram
que o Brasil era o segundo consumidor mundial de cocaína e
derivados, atrás apenas dos Estados Unidos. De acordo com o
levantamento, mais de 6 milhões de brasileiros já experimentaram
cocaína ou derivados ao longo da vida. Desse montante, 2 milhões
fumaram crack, óxi ou merla alguma vez,já demonstrando o
crescimento da última no país.

Em abril deste ano, outro estudo apontou aumento de 20% na
quantidade de pessoas que consomem álcool frequentemente. A
pesquisa informou que 54% dos entrevistados alegaram consumir
bebidas alcoólicas uma vez na semana ou mais – aumento
proporcional de 20% em comparação ao Lenad de 2006 deixando
claro o aumento de usuários em um período relativamente curto de
tempo .

O crescimento foi maior entre as mulheres: 39% das entrevistadas
admitiam beber uma vez por semana ou mais (seis anos atrás este
índice era de 29%). Outro dado importante mostrou que 27% dos
homens que bebem com menos de 30 anos já se envolveram em
brigas com agressão, o que alerta para a necessidade de sempre se
procurar uma clínica de tratamento de dependência química em são
paulo e demais estados do país